Olá! Meu nome é Diogo Moreira, sou Auditor Fiscal da Receita Federal e estou aqui para te ajudar a sair dessa “vida bandida” que é estudar para concurso.
Para ser aprovado em concurso público, sua preparação e sua prova têm que ser quase perfeitos. Mas se você for perfeccionista, você enfrentará graves problemas. Como resolver essa aparente contradição? Saiba agora.
O melhor é inimigo do bom. Feito é melhor do que perfeito.
Se você já pesquisou alguma coisa sobre concursos na internet ou sobre estudos de uma forma geral, você já ouviu algumas dessas duas frases. E por que falamos com tanta frequência e por que ensino os meus seguidores e alunos a entender que feito é melhor do que perfeito?
Se você sempre foi um bom aluno, top da turma, se fez a faculdade rapidinho sem dificuldades, se formou e começou a estudar para concursos e, logo em seguida, já está mandando muito bem, então esse vídeo não é para você.
Esse vídeo é para você que não estuda há um tempo ou que nunca foi um bom aluno ou que nunca parou para ler 10 páginas na vida. Se você está começando a estudar ou tem muito tempo que você não estuda ou você não sabe como é que se estuda, você andou pesquisando na internet e encontrou: o ideal é ler 15 páginas por hora; o ideal é acertar 65% das questões.
Às vezes, você está muito abaixo disso e se pergunta: onde eu errei, o que o pessoal está fazendo que eu não sei fazer? E, principalmente, você está procurando um milagre. Cadê a fórmula mágica para eu melhorar meu rendimento desse jeito da noite para o dia?
Existe uma ideia muito difícil de colocar na cabecinha concurseira que é experiência. Você precisa de alguma experiência como estudante, como concurseiro para começar a ter um alto rendimento. A não ser que você seja daquele grupo que sempre foi bom aluno, que sempre gostou de ler e escrever, que adorava matemática pelo prazer de fazer exercícios de matemática.
Se você não era desse grupo, você enfrenta dificuldades, você começa estudar e o estudo não rende, você acha que não está retendo nada, você acha que acerta questões por pura sorte, você acha que está devagar e precisa ler 3 vezes o mesmo parágrafo e se pergunta: cadê a fórmula mágica e fica pesquisando vídeo atrás de vídeo no Youtube, Instagram, baixa aquele eBook da fórmula mágica: “passe em 3 meses” e se frustra.
A maioria de vocês corre o risco de se tornar um concurseiro Netflix, aquele que assiste todas as lives do cursinho, todos os vídeos de uma hora e meia de duração porque no meio daquele vídeo, em algum momento, vai ter uma informação mágica que vai fazer com que você dê o pulo do gato e ultrapasse todos os seus concorrentes.
É claro que você tem essa esperança, mas no fundo você sabe que não é verdade. Realmente, não tem pulo do gato. O que realmente existe é trabalho duro.
Mas, você precisa entender o que é esse trabalho duro e de que forma ele acontece.
A primeira coisa é: não se preocupe em ser ótimo desde o início. Se você não era um bom estudante, se você não tinha uma boa bagagem de estudos, você vai aprender Direito Constitucional, Direito Administrativo ao mesmo tempo em que você aprende a estudar.
Eu dei uma explicação exatamente desse tipo ontem na live da Comunidade Estudo Completo (uma comunidade de concurseiros que eu criei. Clique aqui).
Nessa live da Comunidade, eu falei: você vai estudar Direito Constitucional e vamos supor que você demore seis meses para ler todo o curso, mas você nunca estudou para concursos antes, você nunca foi um bom aluno e está começando agora. O que acontece?
As primeiras aulas de Direito Constitucional são difíceis para qualquer pessoa, se você foi bom aluno ou não. São palavras novas, expressões que você não conhece e cada palavrinha tem todo um significado dentro dela, então você demora para pegar esses significados e entender um pouco de Direito Constitucional.
Mesmo assim, passaram-se duas, três aulas e está se sentindo um pouco melhor, mas ainda sim o estudo não está fluindo e você começa a criar dúvidas: não está legal, meu percentual de acertos está baixo, estou demorando a ler, tenho que ler várias vezes, já tem um mês que estou estudando para concursos e a coisa não está andando, queria estudar 5 horas por dia, mas estou estudando 3 horas.
Você começa a cair naquela crise dos 3 meses de estudo para concursos que é quando você começa a se dar conta da vida bandida que é estudar para concurso. É nessa hora que você começa a procurar as fórmulas milagrosas, mas vou lhe dar um spoiler: elas não existem.
Estou no Youtube e sou coach para concursos há cinco anos e prego as mesmas técnicas praticamente desde o início com algum refinamento, mas é basicamente a mesma coisa: trabalho duro; consistência; estudar sempre.
Está com dificuldade de concentração? Sente e olhe para o papel.
Está com dificuldade de absorção de conteúdo? Releia 5, 7, 10 vezes. Não vai ser em pé na cozinha bebendo um copo d´água que você vai melhorar sua concentração. Não vai ser assistindo um vídeo no Youtube sobre o edital de 5 anos atrás que você vai aprender a entender melhor aquele assunto. Vai ser forçando a barra, lendo, insistindo e tentando.
No livro “Hábitos Atômicos”, o autor James Clear conta uma história. Em uma universidade americana um professor de fotografia dividiu a turma em dois grupos. Um grupo seria o grupo da quantidade, o outro, seria o da qualidade.
Ele falou para o primeiro grupo: sua nota vai depender da quantidade de fotos que vocês apresentarem, 100 fotos, nota 10; 90 fotos, nota 9 e, assim, sucessivamente. Para o grupo da qualidade disse: sua melhor foto vai lhe dizer qual nota, você será julgado por uma única foto que você vai escolher.
O resultado foi surpreendente. Quando ele parou para analisar as fotos dos dois grupos, adivinhe qual dos grupos tinha as fotos de melhor qualidade? O grupo da quantidade.
Enquanto o grupo da qualidade ficou viajando na teoria, pensando sobre as melhores fotos, pesquisando sobre como os fotógrafos trabalham, olhando as melhores fotos e vendo o que elas tinham em comum e viajando na teoria, o grupo da quantidade tirou várias fotos, centenas de fotos.
No meio disso tudo, eles começaram a ficar entediados, já que eles estavam estudando fotografia e começaram a experimentar a luminosidade, estilo, enquadramento e, assim, foram evoluindo na arte de tirar fotografia.
Aquele grupo que fotografou mais vezes apresentou resultado melhor do que o grupo que estava apenas focado na qualidade. O próprio autor do livro, James Clear, cita então a frase de Voltaire: o melhor é o inimigo do bom.
Enquanto você fica preocupado em fazer melhor, como vai ser para crescer, melhorar, quem está fazendo bom suficiente se sai melhor no final das contas.
Trabalhe e estude com frequência, busque, sim, entender as técnicas de estudo que são ideais, mas saiba que existe um limite, chega uma hora que você já sabe quais são as melhores técnicas de estudo e o que você precisa é sentar na cadeira e estudar com a maior consistência possível todos os dias com a carga horária prevista, seguindo a mesma técnica de estudo.
Preste atenção, existem algumas técnicas de estudo melhores do que outras, na minha opinião, ensino no canal no Youtube, na Comunidade Estudo Completo e no Coaching as melhores técnicas de estudo segundo a ciência e a minha experiência com concurseiros.
Porém, pessoas são aprovadas com as mais diversas técnicas de estudo. E o que elas têm em comum? Consistência, insistência, dedicação e determinação. Mesmo que você tenha uma técnica de estudo ruim, se você estudar muito, você tem grandes chances de ser aprovado.
Não é estudar muito esse mês ou essa semana, é estudar muito durante 1, 2 ou 3 anos. É bom lembrar que não passa quem sabe mais, mas quem acerta mais questões.
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