Olá! Meu nome é Diogo Moreira, sou Auditor Fiscal da Receita Federal e estou aqui para te ajudar a sair dessa “vida bandida” que é estudar para concurso.
Minha metodologia oficial prevê a revisão via questões. Não tem resumo, não tem anotação. E isso gera insegurança em algumas pessoas. “Professor, não posso dar uma relida nos grifos mesmo, antes das questões?” Minha resposta é não. Entenda nesse vídeo o motivo.
Minha metodologia oficial prevê a revisão via questões.
Diogo: Você também falou uma coisa interessante que eu vejo, o cara fazer questões e ficar inseguro “Ah, eu não estou pronto”. Eu mando revisar via questões. A minha metodologia inclui não resumir nada. Você lê um capítulo e faz as questões sobre o capítulo. E as pessoas falam “Professor, poxa, eu não entendi. Estou com vontade de ler duas vezes”.
Algumas pessoas têm uma insegurança tão grande que querem revisar antes de fazer a bateria de questões. Na mesma hora ler ou reler as marcações, ou o próprio capítulo inteiro, e depois fazer as questões. Eu falo “pelo amor de Deus não faça isso.
Você vai matar o processo de memorização de longo prazo”.
Isso vem dessa cobrança: eu preciso acertar as questões, mesmo que seja, entre aspas, roubando – que é revisar antes de fazer. Elas não entendem que o processo de fazer questões, de errar e descobrir onde está o erro ou a dificuldade é o processo fundamental para o aprendizado.
Susane: Tem uma história bacana que eu falei em um podcast, mas eu estava escrevendo sobre isso também. É assim. Imagine que você é um primata ou então um homem das cavernas, e tem uma frutinha lá num arbusto. Você está com fome doido para comer a frutinha.
E a sua avó fala “não coma essa fruta porque ela dá dor de barriga”. E você pensa “Certo, não comerei”. Mas num outro dia está com fome, e a frutinha está lá no arbusto. Você come. A noite não consegue dormir. Aquela dor horrível, você tem todos os problemas intestinais possíveis.
Acha que aprenderá agora? Quando errar, tudo fará você se envolver emocionalmente com aquele assunto, com aquele erro. Para você aprender. E quando tenta primeiro também ocorre isso.
Agora, só receber a informação da sua avó, “olhe, isso aqui não é bom”, não dará importância. Talvez não vá memorizar, não vá aprender de verdade. Não ficará na sua cabeça. Quando você se esforça, quando erra, ou quando quebra a cara na questão, prestará mais atenção e memorizará.
Diogo: Eu falo a mesma coisa. A dor de errar, o desespero de errar, a raiva, ajudam no processo de memorização. Esse envolvimento emocional faz diferença na hora de lembrar daquilo para longo prazo.
E algumas pessoas até sugerem fazer as questões antes de ler o capítulo ou a aula, porque ajuda a identificar alguns pontos mais importantes. Já traz algumas dores, alguns desconfortos. E na hora que você lê a teoria, reconhece e pensa “isso aqui tinha na questão”.
Isso ajuda nesse processo de memorização.
Eu não recomendo isso como metodologia padrão porque tomaria muito tempo – tentar fazer as questões antes para depois ler a aula. O “feito é melhor do que perfeito” entra nesse quesito também. Ou seja, principalmente com relação a concursos grandes. Muito bom! Acho que é isso Susane. Excelente. Alguma consideração a mais? Alguma coisa que você lembrou e queria falar?
Susane: Eu acho que concordamos muito um com o outro. Até nesse ponto das questões antes da matéria. Eu acho que lemos os mesmos livros, nos informamos nos mesmos artigos e acaba que…
Diogo: Seguimos uma coisa chamada ciência (risos se Susane). Muitas pessoas não seguem. São segredos guardados em livros e artigos científicos. Eles não estão ao alcance. Não estão liberados para a população em geral, influencers em geral.
O livro “Fixe o conhecimento” que é sensacional, o livro “Mindset: a nova psicologia do sucesso” que citamos também, o “aprendendo a aprender”. Todos os livros que trazem a base científica do que é o processo de aprendizagem. Lemos com seriedade e responsabilidade no trabalho que fazemos.
Susane: É muito legal falar sobre isso. Porque, às vezes, ocorre que alguém passa e me fala “Ah, mas eu tenho um primo que passou fazendo resumo”. E eu digo “Tá bom. Mas não quer dizer que só porque ele fez resumo que para você dará certo”.
Temos que entender estatística. Haverá uma pessoa que passará sem fazer questões. Será uma em um milhão. Haverá uma pessoa que passará fazendo resumo.
Não é porque deu certo para uma pessoa que dará certo para todo mundo.
E esse é um grande perigo. Só porque a pessoa passou é muito fácil para ela compartilhar o próprio método e falar “Olhem, eu fiz isso aqui e passei. Com esse método mágico”, sendo que deu certo para ela. Devemos sempre ter um pé atrás e pensarmos, “será que a pessoa pesquisa, vai atrás de ciência mesmo? Ou ela só regurgita o que ela fez e deu certo, mas poderia não ter dado?” Então é bem bacana essa questão da ciência.
Diogo: É uma questão de custo-benefício e otimização também. Você consegue passar fazendo resumo, só que eu não teria passado em nove meses. Você não teria passado para Medicina em três meses, nada disso funciona.
E no meu caso especificamente tivemos aprovados em série, é um termo que nomeia os concorrentes que passaram em muito mais concursos do que eu. Passei em dois: Auditor e Analista da Receita Federal – foram os únicos que eu fiz e queria passar. Mas eu tenho concorrentes que passaram em cinco, dez, ou quatorze concursos.
E eles ensinam metodologias que não são muito conforme a ciência, conforme os estudos científicos. Eu falo que não fico impressionado com o cara que passa em quatorze concursos, mas sim com o cara que passa no primeiro. Porque é uma transformação.
Se você está estudando para concurso a dois, cinco, dez anos, meu amigo, pode estudar de cabeça para baixo, pode estudar da direita para esquerda. Você será aprovado. Está há muitos anos vendo as mesmas matérias.
E a otimização? E a necessidade de passar rápido?
É difícil ficar anos estudando para concursos, sem emprego às vezes. Mas o marketing é muito forte. O cara que chama atenção dizendo que uma coisa que ele fez é muito diferente. Falam “Essa coisa deve funcionar!”.
E nós pegamos um artigo científico que diz “nove a cada dez pessoas memorizam melhor fazendo testes”. E se você pegar dez pessoas, nove delas dirão que aprendem com resumo.
“No meu caso, a minha memória é visual. Eu aprendo fazendo resumos”. Eu falo “Não amiguinho, você faz parte da estatística. É pouco provável que você seja a exceção a essa regra”. Então siga pela regra.
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