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Motivação para estudar para concurso: por que eu não precisei dela sempre?

Por 14/11/2017janeiro 18th, 2019Dicas, Videos

Olá! Meu nome é Diogo Moreira, sou Auditor-Fiscal da Receita Federal e estou aqui para te ajudar a sair dessa “vida bandida” que é estudar para concursos.

Motivação é um tema recorrente no mundo dos concursos. A caminhada é longa e árdua e sempre ocorrem altos e baixos. Muitos inclusive procuram o Coaching buscando ajuda com a motivação. Mas será que é ela que resolve? É a motivação que nos faz acordar mais cedo todos os dias? É ela que nos faz insistir e tentar estudar cada vez mais? Ou seria algo mais? Confira!

 

Por que que eu não precisei de motivação para estudar e ser aprovado em concurso?

 

As pessoas tentam conseguir motivação de diversas formas. Vendo vídeos motivacionais no YouTube, pegando uma imagem daquilo que elas querem conquistar, ou guardando bem na memória a situação atual que é ruim. Tudo isso pode até funcionar para algumas pessoas, mas a motivação ela é, em si, uma coisa temporária.

A motivação te dá o primeiro empurrão, ela faz com que você saia do lugar, que você comece. Mas o quê que te mantém nos trilhos durante muito tempo? Não é a motivação. Ninguém tem a motivação constante. O quê que te mantém, então?

É o hábito.

 

Ah, Diogo, hábito? Eu ouço essa história direto, 66 dias fazendo a mesma coisa, 40 dias fazendo a mesma coisa… Até virar um hábito.

 

Eu não estou aqui para falar isso não. Eu estou aqui para falar como que eu criei os meus hábitos de estudo e consegui estudar.

E o primeiro e fundamental conselho que eu posso te dar, se você quer criar novos hábitos é: seja radical. Não pense que você vai começar aos poucos, que vai ser tranquilo… Se você quer acordar cedo, você não vai acordar 8h30 hoje, 8h15 amanhã, 8h depois de amanhã. Não vai. 

Se você precisa acordar 5h da manhã, não começa 8h30, começa 5h. Quebre a sua rotina, mude o paradigma de repente, altere tudo aquilo que funciona no seu corpo. De repente. Seja radical.

E vou dar alguns exemplos de atitudes radicais que eu fiz, então, não vai ter aquela de que “é mais fácil falar do que fazer”, eu não vou te falar nada que eu não tenha feito, nada que eu não tenha passado.

Se você já passou por uma situação de aperto financeiro, você sabe que não é reduzindo a conta do celular que você consegue sair dessa situação. Não é. Essas medidas paliativas, menores, essas adaptações pequenas não resolvem os nossos problemas.

Você está com um problema financeiro, venda o carro!

 

Que isso, Diogo? Tá maluco? Tá me mandando vender o carro?

 

Pois foi exatamente o que eu fiz!

Eu ganhava R$1.500,00 na corretora quando eu trabalhava, passei no concurso para auditor, passei a ganhar R$10.000,00. R$10.000,00 para mim era infinito. Eu não precisava olhar, eu só passava cartão direto. Para mim, aquele dinheiro não iria acabar.

Resultado: em 6 meses, eu estava endividado.

Eu fui morar no Chuí, mobiliei a casa, aluguei uma casa maneira, troquei de carro… E aí uma coisa foi puxando a outra, fiz várias viagens e, de repente, as contas não fechavam, o dinheiro não fechava, o resultado do meu salário não conseguia pagar o meu cartão de crédito, aquela coisa estava começando a virar uma bola de neve, eu comecei a ficar estressado 6 meses depois de virar um auditor da Receita Federal.

E eu fiz todas as continhas que todo mundo faz. Tentar reduzir o cartão, tentar cortar ali, diminui o pacote da Sky… Nada disso resolveu. O quê que resolveu? Vendi o carro, entreguei a casa na qual eu morava sozinho e fui dividir um quarto. 

Cortei pela raiz todas as grandes despesas da minha vida, parei de parcelar no cartão, fiz coisas assim. Não foi com atitudezinha pequena, resolvendo aqui e ali. Foi cortando muito, de repente.

Dois meses depois sobraram R$5.000,00 do meu salário.

 

Quer outro exemplo que afeta todo mundo?

 

Academia!

Eu nunca fui de malhar, nunca consegui, sempre fui magrelo, não conseguia ficar forte de jeito nenhum. Fui ficar forte pela primeira vez com 28 anos de idade. Por quê? Porque eu comecei a ir na academia 5 vezes por semana.

Não era de vez em quando, não era quando eu queria, 3 vezes tá bom… Não. Era 5 vezes por semana. Ia 2, descansava 1, ia 3, descansava 1, ia 2, descansava 1. Final de semana, dia de semana, não interessa.

Nunca tinha um imprevisto que me atrapalhava.

Por quê? Porque eu selecionei um horário específico para malhar. Um horário no qual eu estava livre sempre. Eu comecei a malhar na hora do almoço.

 

Ah, Diogo, não dá tempo, é longe, para mim não funciona…

 

Eu já ouvi muito “mimimi”, mas era o que eu fazia, e dava tempo. Eu saía do trabalho, chegava na academia, malhava, tomava banho, almoçava, e voltava para o trabalho. Tudo isso na hora do almoço.

Moleza? Tranquilo? Não, a maior correria. Mas deu certo.

Eu consegui malhar, consegui ficar fortinho e, assim, eu fui chegando no melhor peso que eu já tive, na melhor forma física.

Claro que essa forma física já ficou para trás há muito tempo, hoje eu sou um homem casado, eu tenho um filho pequeno… A musculação não é mais a minha prioridade. Minha prioridade é o trabalho, o coaching, a minha família. Família em primeiro lugar. 

Então, entre ficar com o meu filho e malhar, eu fico com meu filho. Entre malhar e gravar esse vídeo, eu gravo esse vídeo.

Reparou uma coisa? A musculação não é mais a minha prioridade.

O seu estudo para concurso tem que ser a sua prioridade. Tem que ser a prioridade número 1. Tem que ser a primeira coisa que você faz no dia, se for possível.

 

Ah, Diogo, eu entro no trabalho às 9.

 

Eu tenho aluno que acorda 4 horas da manhã e estuda.

 

Pô, Diogo, vou começar a chorar, cara, porque, na verdade, eu não tenho mais nenhuma desculpa para te dar!

 

Pois é. Não tem mais desculpa.

E quando eu estudava, o que eu fiz? Eu fui radical também.

O computador me atrapalhava a estudar, quando eu tentava ler o PDF na tela… Tirei o computador do quarto, passei a imprimir.

O celular tocava de vez em quando e me atrapalhava? Celular no vibracall ficava no sofá da sala, que era para eu nem ouvir vibrar.

Se você estuda no tablet e a internet está te atrapalhando, ela está te puxando para dar uma olhadinha nas últimas notícias da globo.com? Vai lá e desliga o roteador.

Se você acordando às 7h, conseguiria estudar 1h de manhã, acorde às 6h. Estuda 2h. 

Não vai ser devagarinho, não vai ser de pouquinho que você vai conseguir.

Corta o mal pela raiz. 

Venda o carro! rs

E essas dicas, de desligar o celular, desligar a internet, botar o celular fora do quarto, imprimir o material… Isso tudo eu falo para os meus alunos do coaching. Eu jogo a real.

Você quer mudar de vida? Você vai ter que ralar. Vai ter que estudar muito.

 

Diogo, como que você passou em 9 meses? 

 

Eu estudei muito! Já falei isso aqui antes. Eu estudei com muita disciplina. 

Por quê?

Eu tinha motivação? Eu tinha foto do carro que eu queria comprar?

Não! Eu não tinha nada disso.

O que eu tinha era uma disciplina impressionante. Eu acordava todo dia no mesmo horário, estudava da mesma forma, fazia os mesmos intervalos… Todos os dias.

O Alex Meireles, ele falava no Manual do Concurseiro, e também deve falar no livro dele, que, para ele, quem não era militar não passava. Se ele chegava para fazer uma prova, ele olhava assim, “não, aquele cara não é militar, ele não vai passar”. Por quê? Porque o militar é disciplinado. Essa é a diferença.

O concurseiro tem que ser disciplinado, a rotina tem que ser igual, tem que ser um saco, tem que ser maçante. Você não pode ter assunto para falar, você tem que estar por fora do BBB, você tem que estar focado, fazendo só aquilo.

Estudar para concurso tem que ser a coisa mais importante da sua vida. A prioridade de importância, a prioridade cronológica, ou seja, começar estudar o mais cedo possível, estudar antes de resolver outras coisas.

 

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