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COCHILAR é melhor do que reler?

Por 16/02/2023fevereiro 21st, 2023Dicas, Técnicas, Videos

Olá! Meu nome é Diogo Moreira, sou Auditor Fiscal da Receita Federal e estou aqui para te ajudar a sair dessa “vida bandida” que é estudar para concurso.

 

COCHILAR é melhor do que reler?

 

Se você pudesse escolher, depois de estudar, entre estudar de novo aquilo que você acabou de ler ou tirar um cochilo, qual dos dois você escolheria para ser aprovado em concurso ou vestibular? Provavelmente, você vai se surpreender com o que mostra um estudo científico sobre memorização.

Olá! Meu nome é Diogo Moreira, auditor fiscal da Receita Federal, estou aqui para te ajudar a sair dessa vida bandida que é estudar para concurso. A vida poderia ficar menos bandida tirando um cochilo, talvez. Vamos dar uma analisada.

Um estudo científico realizado lá em Singapura com 84 estudantes fez o seguinte teste: o que funciona melhor? Eles colocaram os alunos em três grupos e colocaram os alunos para estudar pela manhã durante, mais ou menos, 40 minutos; intervalo, estudar de novo por mais 40 minutos; e depois fizeram um intervalo mais longo (duas horas).

Nesse intervalo de duas horas, eles foram divididos em três grupos e cada grupo fazia uma coisa: um grupo cochilava; o outro grupo ficava acordado, na verdade, assistindo um filme; e o outro grupo tinha a possibilidade de reler aquilo que estudou de manhã.

Cada um desses grupos tinha 60 minutos para fazer essas coisas, então um grupo cochilava por 60 minutos e eles colocavam acompanhamento (eletrodos e tudo mais) para saber se a pessoa dormiu 60 minutos exatamente; o outro grupo ficava acordado e via um filme, assistia um filme durante 60 minutos; e o outro grupo falou “olha, toma aí o material de novo para você estudar e faz o que você quiser durante 60 minutos”.

Eles podiam reler aquele material todo à vontade durante 60 minutos. Esse material, só para fins de contextualização, era material factual científico sobre caranguejos ou formigas (espécies de caranguejos e espécies de formigas). Eram 80 slides no total e eles tinham que estudar isso aí em dois blocos, podiam estudar novamente etc e tal.

Foram dois blocos de 40 minutos no início; duas horas de intervalo em que eles faziam esse negócio de cochilo, assistir um filme ou estudar novamente; e depois mais dois blocos de 40 minutos em que eles estavam estudando o mesmo material de novo. Ok!? Então estudaram e tiveram essas três diferenças entre os três grupos.

 

Depois, eles foram testados com relação à memória.

 

Eles responderam, no total, 360 questões e cada grupo teve uma nota média. Eles foram testados 30 minutos depois desse dia de estudo. Eles tiraram uma tarde lá para ficar o dia inteiro até de noite no laboratório. Então, no final do dia, 30 minutos depois de acabar o último bloco de estudo, eles foram testados e foram testados novamente uma semana depois.

Outras questões diferentes dessas anteriores e também foram testados e avaliados os três grupos e tirou-se uma nota média para cada um dos três grupos. O quê que a gente tem? Aqui um detalhe, eles fizeram dois tipos de medições.

Na verdade, o aluno tinha duas opções para escolher, então apareceu uma pergunta e ele tinha que escolher essa opção ou aquela. E aí ele clicava e depois ele tinha que dar um nível de certeza que ele tinha sobre a resposta que ele deu.

Então, ele podia clicar em “tenho certeza”; ele podia clicar em “tenho mais ou menos certeza”; e podia clicar em “chutei”. Essas três opções. Então, eles também trabalharam esses dados baseado no que os alunos consideravam que sabiam “com certeza” e baseado no acerto geral pegando o computo geral “de certeza”, “mais ou menos certo” e “chutei”. Ok!?

Então, no grupo que, desculpa. Nas respostas em que os alunos clicaram “tenho certeza”, eles fizeram essa análise da esquerda e pegaram os três grupos. O quê que a gente vê? O grupo em vermelho. Vamos começar pelo maior, na verdade, o grupo verde é o grupo do cochilo. O grupo do cochilo teve nota mais alta do que os outros dois grupos, em média.

 

Aqui a gente tem um modelo tipo CESPE de corrigir concursos, né.

 

Você tem o certo menos o errado, então eles falaram “eu tenho certeza” e, de uma forma geral, eles tiraram a nota ali, mais ou menos, 68 (o que eles acertaram menos o que eles erraram). Ok!? Eles tiveram a nota mais alta, a nota líquida mais alta (o grupo que cochilou).

A segunda nota mais alta foi o grupo que reestudou, que releu o material. Em vez de 68, eles tiraram nota média 62, mais ou menos, pelo que estou vendo aqui no gráfico.

Então, a melhor nota foi de quem cochilou, a segunda melhor nota, isso aqui nos 30 minutos após o teste, tá? Logo depois do estudo, na verdade, perdão. 30 minutos depois do estudo, foi esse teste aqui: nota mais alta, galera que cochilou; segunda nota mais alta, a galera que releu 30 minutos depois (eles também tiveram uma nota razoavelmente alta).

Qual foi a pior nota? Foi a galera que foi assistir um filme no intervalo, em vez de reler e ao invés de cochilar. Eles foram ver um filme durante 60 minutos, eles tiveram, disparado, a pior nota. Ok!? Isso 30 minutos depois. Ok!?

Analisando aqui as respostas que eles deram como “tenho certeza”. Uma semana depois, no sétimo dia depois do primeiro teste, a gente teve resultados muito semelhantes entre os grupos. Pois é!

 

Uma semana depois, a galera que cochilou depois de estudar ainda teve resultado melhor.

 

O segundo melhor grupo, muito próximo desse da galera que cochou, foi o grupo que estudou novamente e, mais uma vez, o pior grupo foi do pessoal que ficou acordado sem fazer nada, que viu um filme depois de estudar. Ok!?

Resultados bastante semelhantes, a gente teve na memória de uma forma geral, sem contar só as respostas que eles disseram que tinham “certeza”, então pegaram todas as respostas: “tenho certeza”, “tenho mais ou menos certeza” e “chutei”. Todas as respostas eles pegaram e fizeram essa análise e os resultados foram muito semelhantes.

A galera que cochilou teve mais acertos do que os outros dois grupos. Bem mais acerto do que quem não fez nada. Que é na verdade, a grande conclusão desse estudo aqui. Você estudou, teve um tempo de intervalo e não fez nada? Você esquece bastante. Ok!?  Na verdade, você foi de 30 minutos, você foi ali da casa dos 87% de acerto para a casa dos 80% de acerto.

 

Você teve uma perda grande e você já começou mal e depois caiu ainda mais.

 

Os outros grupos tiveram resultados melhores tanto logo depois do estudo quanto uma semana depois do estudo. Novamente, a galera que cochilou teve um percentual de acertos maior.

Pois é! Você já ouviu falar com certeza que dormir é importante, favorece a memorização, a nossa memória é consolidada durante o sono, você ter um sono profundo faz a diferença… é tudo verdade.

É uma coisa assim meio abstrata, não faz muito sentido, a gente não dá tanta importância, mas dormir bem ajuda muito na memorização e se você tiver condições de dormir no meio do dia, logo depois do almoço, vai melhorar ainda a sua memorização e a sua disposição no resto do dia.

Eles fizeram esse estudo aqui para mostrar que seria uma prática interessante em escolas, naquelas em que os alunos entram de manhã e saem só de tarde, colocar a rotina do cochilo.

Sim, em vez de colocar o aluno para ficar estudando novamente o que ele viu de manhã etc e tal, se eles colocassem os alunos para cochilar, a memorização seria melhor tanto no curto prazo quanto no longo prazo, principalmente.

E o cochilo traz ainda algumas vantagens além dessa de simplesmente memorizar mais. Cochilar depois do almoço restaura os níveis de atenção, ou seja, cochila depois do almoço e, no resto do dia, você sente menos sono.

 

Óbvio, mas precisa ser dito.

 

Além disso, sonolência de uma forma geral, se a pessoa sente muito sono o dia inteiro, isso aí prediz a performance acadêmica. Alunos mais sonolentos têm notas piores. Então, aquele aluno que acorda 6 horas da manhã para entrar na escola sete horas e passa a manhã inteira morrendo de sono, ele está aprendendo menos porque ele sente sono.

Poxa, Diogo! Maioria das pessoas, pelo menos no meu caso, desesperadamente. Eu morria de sono de manhã, nunca consegui me deitar cedo na vida e estava fazendo pré-vestibular morrendo de sono a manhã inteira. Às vezes, ficava fazendo exercício da apostila de matemática porque fazer exatas me deixava mais acordado para eu poder não dormir babando na cadeira.

Enfim, uma coisa interessante também é que o sono, desculpa, o cochilo pode ser curto. Eles fizeram cochilos de 60 minutos nesse estudo, mas nada impede, inclusive, há outros estudos que mostram que com estilos de 10 minutos já são bastante interessantes para restaurar o seu nível de atenção e a sua disposição.

Esses outros estudos não testaram a memória de uma forma geral, mas, pelo menos, melhora a atenção e o seu rendimento no resto do dia. Então, mesmo que seja um cochilo curto (sei lá, você está no trabalho, se esconde no banheiro e cochila sentado lá; ou então vai para o carro ou qualquer coisa assim; se esconde debaixo da mesa), se você conseguir cochilar durante 10 minutos, já é melhor para o resto do seu dia.

 

Cochilar melhora a cognição e melhora o humor; melhora a sua disposição, a sua forma de enxergar a vida.

 

Para quem tem dificuldade, para quem tem uma quantidade de sono insuficiente no resto da noite, especialmente, se você conseguir cochilar depois do almoço, você vai ter mais capacidade de aprendizado, cognição, capacidade de entender as coisas (perceber e entender) e vai ter também uma melhora no humor que vai afetar a sua forma de levar a vida e a sua disposição para estudar também.

Portanto, chocado! A gente tem um estudo mostrando que cochilar é melhor do que ler de novo aquilo que você acabou de estudar. Se você gostou desse vídeo, clique em “curtir”, por favor. Se inscreva no canal, se você ainda não se inscreveu.

E me diga aqui nos comentários se você consegue cochilar ou não, se tem condições de você implementar isso no seu dia a dia e se você vai implementar para ver se melhora a sua retenção, o seu percentual de acertos e tudo mais. Um grande abraço e até a próxima. Tchau! Tchau!

 

 

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