Olá! Meu nome é Diogo Moreira, sou Auditor Fiscal da Receita Federal e estou aqui para te ajudar a sair dessa “vida bandida” que é estudar para concurso.
Lembra quando você estudava na véspera da prova e passava? Isso não serve no estudo para concurso. Para memorizar para o longo prazo, você tem que estudar de forma diferente do que fazia na escola e na faculdade. Confira!
Duas técnicas fundamentais para ter um estudo de alta qualidade para o longo prazo.
Se você estiver estudando para algo que acontecerá daqui a três meses, ou seis meses, ou um ano, ou dois anos, deve usar essas duas técnicas para conseguir bons resultados e usar bem o seu tempo.
A primeira destas técnicas é a prática espaçada, que nada mais significa do que espaçar no tempo o aprendizado. Seja a leitura da teoria, que você espaçará no tempo e estudará de pouco em pouco durante muito tempo, sejam as revisões.
Especialmente as revisões que você espaçará no tempo. Você revisará um pouco agora, um pouco mais adiante e um pouco depois de um tempo. Dessa forma, avançará mais devagar – seja na leitura, seja na revisão – mas facilitará a memorização de longo prazo.
Você estudará um pouco da matéria hoje, um pouco mais depois de amanhã, um pouco mais depois de dois dias, e avançará devagarinho. Por que muitas pessoas não fazem isso? Porque a sensação é estranha.
Você estuda algumas páginas mas não chega a ler nenhuma aula inteira, ou um capítulo inteiro do livro. E fica aquela sensação de “poxa, eu precisava ir até o final deste capítulo – ou dessa aula – para entender isso melhor”.
Essa sensação é forte e faz com que algumas pessoas não usem a prática espaçada.
Quando você lê um capítulo inteiro, tem aquela impressão de que entendeu melhor. E talvez até tenha entendido, porque leu o começo, meio e fim do capítulo. Mas para o longo prazo, se precisa estudar muito conteúdo para uma prova que acontecerá daqui há muito tempo, essa prática não é boa.
Ela pode até favorecer o seu entendimento e a memorização de curto prazo, mas não ajuda a memorizar a longo prazo. O contrário da prática espaçada é a prática intensiva.
É tudo o que você fez na escola e na faculdade. Quando ficou duas ou três madrugadas totalmente focado no assunto da prova que aconteceu em dois ou três dias. Você intensifica o estudo, foca naquilo, lê, faz questões e questões, revisões e revisões, testes e testes.
Faz a prova, consegue uma nota satisfatória, passa e depois esquece completamente o que estudou. Essa é a prática intensiva. Funcionava na época da escola e na faculdade, mas se estiver estudando para concurso, não funcionará.
Você fará uma prova daqui a seis meses ou um ano. Então nem sabe quando será a prova. Não dá para usar a prática intensiva. Não dá para ficar só com uma matéria o dia inteiro. Não dá para ficar só com uma matéria a semana inteira, ou o mês inteiro. Pelo amor de Deus.
Entenda o seguinte: eu já mostrei em outro vídeo aqui no meu canal no YouTube um estudo mostrando que a prática intensiva favorece até mesmo um aprendizado. Você aprende mais com a prática intensiva no curto prazo.
Se fizer uma prática intensiva e um teste hoje, seu resultado será melhor. Mas se fizer a prática intensiva hoje e fizer um teste daqui uma semana, já não lembrará tão bem. “Diogo, mas não era prática intensiva o que fazíamos na escola?
Os professores ensinavam um assunto, e depois fazíamos muitas e muitas questões sobre esse e nunca mais víamos de novo?” Sim, infelizmente sim. No ensino normal utiliza-se muito a prática intensiva que não favorece o aprendizado. E é por isso que você aprendeu e esqueceu quase tudo.
A segunda técnica de aprendizado muito importante é a recuperação ativa.
Ela é ainda mais importante do que a prática espaçada, e provavelmente ainda mais desconhecida. Vivemos num mundo de estudantes que não foram ensinados a recuperação ativa. Você foi ensinado a releitura, a revisão passiva, mas não a recuperação ativa.
Como o nome diz, significa recuperar a informação ativamente por meio de um esforço, um teste, um texto dissertativo que você faz sem olhar o material. Essa recuperação ativa, esse exercício de puxar da memória ajuda na memorização de longo prazo. E ajuda muito.
É por isso que eu sempre bato na tecla aqui no meu canal no YouTube. É o que eu ensino na minha metodologia no Acelerador de Estudos. A utilizar recuperação ativa. É por isso que eu sempre falo: faça muitas questões, treine o que você está estudando. Os exercícios de fixação são muito importantes para a fixação do conhecimento.
Muito mais do que uma releitura, ou um resumo, ou escrever olhando o material, ou qualquer coisa assim. “Ah, mas eu quero ter um material para consultas futuras, por isso eu faço um resumo”.
O resumo estará pronto, não será uma recuperação ativa. Quando olhar para ele, será algo pronto que não requererá esforço. Por isso não te ajudará tanto para memorizar a longo prazo.
A meu ver existem duas formas de fazer recuperação ativa. Uma delas, como eu falei, é uma dissertação que você escreve, é como se resumisse o que estudou sem olhar o material. Mas não é ler um parágrafo, olhar para o teto e escrever. Não. É sem olhar mesmo.
É fazer isso algumas horas depois de ter lido aquele material.
“Eu li o capítulo 13. Agora farei um resumo do capítulo sem olhar”. Você olhou de manhã e fez o resumo à noite, por exemplo. Isso é uma forma de recuperação ativa bem interessante. Você puxa da memória.
Não faz parte da minha metodologia padrão. Porque é muito solto, os alunos têm dificuldade e para revisar dá muito trabalho. Você tentou resumir a aula toda sem lê-la ou relê-la. Ficarão buracos e falhas. Esse processo é importante, mas voltar naquela aula para preencher esses buracos de memória dará muito trabalho e tomará muito tempo.
Quando estudamos para concurso o tempo é importante. Temos que levar em consideração também que estamos correndo contra o tempo. A prova acontecerá em determinado dia. Às vezes você nem sabe quando, mas está cada vez mais perto. Então não pode vacilar.
Existem algumas técnicas boas de estudo para concurso que não usamos porque são demoradas. Temos que levar em consideração também a velocidade de avanço. A forma mais prática de fazer recuperação ativa é por meio de questões e testes. E quando falamos de estudar para concurso questões é o que não falta.
Você encontra hoje sites de questões com centenas de milhares dessas. A maioria comentada por professores ou por alunos. É bem legal. Esses sites estão muito bons hoje em dia. E isso é material mais do que suficiente para você se testar.
E ao fazer essas questões lembre-se, está fazendo recuperação ativa. Está puxando a informação da memória, está trabalhando aquilo ativamente. Não é simplesmente um teste de conhecimento.
Quantos por cento de acerto terá?
É um processo de revisão. Revisão via questões. Porque quando você lê o enunciado, está revisando. Quando lê as alternativas está revisando. Quando olha o gabarito está revisando.
Quando lê o comentário para entender porque errou, também está revisando. Tudo isso é um processo de revisão. E é uma revisão ativa. É uma recuperação ativa. E se pegar as questões daquela aula e espalhar no tempo, logo depois que leu a aula, e um tempinho depois, e mais algumas semanas depois, e mais algumas semanas depois, estará também fazendo a prática espaçada, juntando as duas coisas.
Recuperação ativa e prática espaçada. Isso favorecerá demais a sua memorização de longo prazo e fará com que não seja necessário revisar tantas vezes todo o conteúdo. Porque você quebrou essas revisões no tempo, e assim se lembrará melhor.
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Muito bom estou passando por isso ansiedade.