Olá! Meu nome é Diogo Moreira, sou Auditor Fiscal da Receita Federal e estou aqui para te ajudar a sair dessa “vida bandida” que é estudar para concurso.
Quem é mais inteligente: o que faz rápido ou o mais esforçado? Foi feito um estudo em que os alunos eram elogiados de forma diferente. Um grupo aumentou de produção e outro caiu muito. Que elogio foi esse? Como ter um mindset de crescimento e ficar cada vez mais inteligente? Confira!
Quem é o aluno mais inteligente?
Neste vídeo eu vou te explicar um trecho do livro Mindset: a nova psicologia do sucesso, da autora Carol Dweck. Neste trecho ela descreve um experimento que foi feito com alunos, centenas de alunos, e que fez com que eles tivessem resultados diferentes no teste de QI.
Nesse livro a autora fala muito do mindset fixo e do mindset de crescimento. Eu vou explicar mais para frente a diferença entre fixo e de crescimento, mas eu vou explicar o experimento citando esses dois grupos.
Então, o mesmo teste foi aplicado em centenas de alunos, e a única diferença foi na resposta que foi dada a esses alunos com a nota deles; então para o grupo de mindset fixo (vamos botar assim) foi falado: “poxa, parabéns você acertou oito de dez, você deve ser muito bom nisso”; e para outro grupo de mindset de crescimento foi dito: “nossa, você acertou oito de dez, você deve ter se esforçado bastante”.
Só essa diferença entre os dois grupos. Para esse grupo aqui (mindset fixo) foi dito “você deve ser muito bom nisso”, e para esse grupo aqui (mindset de crescimento) foi dito, “você deve ter se esforçado bastante”.
Como os alunos foram espalhados aleatoriamente entre os dois grupos, o resultado era basicamente o mesmo, os dois tiveram o mesmo resultado no teste inicial que foi feito. E aí a coisa começa a ficar interessante porque foi aplicado um segundo teste.
Os mesmos alunos dos dois grupos fizeram o segundo teste, e esse segundo teste foi mais difícil.
O resultado foi o seguinte: esse grupo aqui (mindset fixo) teve o resultado um pouco pior, já esse outro grupo (mindset de crescimento) teve resultado um pouco melhor nesse segundo teste. Quando perguntado se eles gostaram ou não, esse grupo aqui (mindset fixo) disse que não gostou daquele segundo teste mais difícil, esse grupo aqui (mindset de crescimento) gostou, achou até mais divertido.
Então, ambos os grupos fizeram o primeiro teste e tiveram resultados iguais, foram dados feedbacks diferentes para cada grupo, foi dado um segundo teste com o mesmo nível de dificuldade para os dois, e esse grupo aqui (mindset fixo) teve mais dificuldade e achou que não foi divertido, esse grupo aqui (mindset de crescimento) teve mais facilidade e achou que foi mais legal fazer.
Perguntados se eles queriam fazer mais um teste, esse grupo aqui (mindset fixo) disse que não, tava bom já; esse grupo aqui (mindset de crescimento) disse “claro, vamos lá, manda”; e acontece que o terceiro teste era mais fácil, era mais fácil do que o segundo teste.
Então no terceiro teste o que você imagina?
Os grupos tiveram resultados iguais? Não. Esse grupo aqui (mindset fixo) teve resultado pior no teste mais fácil, esse grupo aqui (mindset de crescimento) teve resultado melhor. Então qual é o poder que aquele pequeno feedback, uma frase, qual é o poder que esse feedback teve para gerar resultados significativos em testes subsequentes dos dois grupos?
Por que dizer para esse grupo aqui que “ele é bom nisso” acabou com ele? Por que dizer para esse grupo aqui “parabéns você deve ter se esforçado bastante” fez com que esse grupo se elevasse nos resultados seguintes?
Segundo a autora, a diferença de feedback fez com que o primeiro grupo entrasse no mindset que ela chama de fixo, e que o outro grupo entrasse num mindset de crescimento. Num mindset fixo você identifica que você detém determinada habilidade ou aptidão: você é inteligente, você é bom em matemática, você é bom em português, o que quer que seja você é.
Você não enxerga o que você aprende, o que você muda, o que você está melhor ou pior, ou pode mudar e tal; não; você enxerga que você é alguma coisa. Infelizmente esse é o mindset predominante dentre os estudantes, no mundo inteiro, tá? Não só no Brasil, mas no Brasil, claro, isso também é muito forte.
Então você já sai da escola pensando: eu não sou bom em exatas, eu não sou bom em matemática, eu não levo jeito para isso; ou então química, nossa, meu cérebro não foi feito para aprender química.
Esse é o mindset fixo, e não é culpa sua se você tem esse mindset (provavelmente você tem), ele é culpa do nosso sistema educacional, da forma como as pessoas são educadas desde a infância: “nossa, aquele aluno é bom”, “esse aqui é inteligente”, “iiih aquele grupinho ali tem dificuldade, eles não vão conseguir fazer, eles não vão conseguir passar”.
Isso joga as crianças em um mindset fixo desde o início da vida delas.
O que é trágico, isso repercute no resto da vida delas. E perceba que isso é tão forte, tão arraigado, que você provavelmente tem um mindset fixo, e você acha que, quem tem que se esforçar muito é quem tem dificuldade, é quem não é inteligente, o inteligente não faz esforço para aprender, ele já tem ali facilidade e tal.
Concorda comigo, você não pensa dessa forma também? “Ah fulano tem facilidade”, “nossa esse aqui não precisa se esforçar”, “iiih aquele ali tá ralando pra caramba para aprender, ele é muito burro”.
Então, quando você joga para o grupo do mindset fixo aquela afirmação você coloca esse grupo no mindset fixo, e quando você diz para ele “você é bom nisso!”, ao invés de elogiar e jogar ele para cima motivando o pessoal desse grupo a saber mais, você está fazendo o contrário, você está dando uma plaquinha de vidro para ele escrito assim: “Você é inteligente!”.
E ele não quer outra plaquinha, ele não quer ficar andando com essa plaquinha por aí, ele quer guardar essa plaquinha porque ela é de vidro, vidro fino, e ele tem medo de ela quebrar, ele tem medo de que, no próximo teste, numa próxima oportunidade, as pessoas vejam que ele não é inteligente, que ele foi inteligente naquilo ali, e que no fundo, talvez, ele não seja.
Ele não se põe à disposição de novos desafios, de testar, ele quer salvar a plaquinha dele: “Eu sou inteligente!”. E se você tiver filhos, isso é muito sério, tá? Se você elogiar o seu filho, “nossa, você é muito esperto! Parabéns filho! Você é demais!”, “nossa, olha que incrível! Você joga bola muito bem!”, você está jogando seu filho no mindset fixo.
Eu gosto de dizer isso porque eu tenho dois filhos, eu digo para eles, “Parabéns, olha, você precisa treinar mais”, “iiih isso aqui ficou fácil, vamos fazer o mais difícil?”, “Nossa, muito bom, vamos treinar, olha só, tá vendo como que você está chutando melhor agora que você treinou?”; eu jogo os meus filhos para o mindset de crescimento desde a primeira infância.
Então o estudante do mindset fixo encara menos desafios porque ele já teve um sucesso anterior.
Ele prefere não se colocar em risco, sob o risco de não ter sucesso mais, de descobrir que é burro, ou os outros acharem que ele é burro, ele prefere não correr desafios; e ele fica desmotivado de tentar novas coisas, de aprender novas coisas, ele não se lança mais no desconhecido, e ele piora.
Essa desmotivação faz com que ele encare até os exercícios mais fáceis de uma forma mais negativa, mais pessimista: “Ah… eu não sou bom em matemática”; é isso que aconteceu com você que está assistindo (provavelmente), você não era bom em matemática na escola, você vê coisa simples hoje “iiih não sei fazer nem continha de subtração”, “nossa eu não sei nem dividir, não vou nem tentar”.
Coisas básicas que você até sabia fazer bem você já não tem coragem de encarar mais, porque você botou na sua cabeça que você é ruim em matemática.
Num mindset de crescimento, por outro lado, você gosta do desafio, você acha interessante tentar coisas novas, você vê cada erro como uma oportunidade de aprendizado; e quando você erra você fala, “pô… por que que eu errei isso aqui?”, “Ah… descobri, eu devia ter feito tal coisa, daah… vou fazer no próximo”.
Você vai achando legal errar.
Você não vê o fracasso como fim da linha, você vê o fracasso como um pequeno obstáculo, você não enxerga como fracasso. O fato de você fazer três exercícios seguidos e errar faz com que você pare e pense, “pô, o que eu tô errando?”, “o que esses três aqui têm de igual?”, “o que está acontecendo?” Você não se coloca à prova assim, “nossa eu errei três seguidos, eu não levo o menor jeito para isso”; O mindset é outro.
É encarar desafio, é topar fazer a coisa diferente, você não está preocupado com o resultado, “uau acertei 19 de 20 questões”; não é isso que interessa. O que interessa é fazer melhor hoje o que você fez ontem. É você aprender uma coisa nova e falar, “caramba aprendi uma coisa nova, o que será que eu posso fazer com isso aqui?”.
Eu, Diogo, posso dizer para você que eu tenho um mindset de crescimento para a maioria das coisas da minha vida. Quando eu comecei esse canal no YouTube 5 anos atrás eu gravei cinco vídeos, e eu não sabia mais o que falar.
Eu virei para a pessoa que me incentivou a fazer o canal e falei, “olha, eu gravei os cinco, publiquei, e acabou, é tudo que eu sei sobre técnicas de estudo, eu não sei de onde tirar mais”. Mas ao invés de fechar o canal, ou pior ainda, se eu tivesse um mindset fixo não teria nem feito canal, porque eu só tinha material para cinco vídeos.
O que eu pensei foi, “vamos ver no que vai dar”.
E eu percebi muito rapidamente que os meus alunos do coaching seriam a principal fonte de motivação, e de conhecimento, e de desafio para eu gravar novos vídeos. Então era uma pergunta que um aluno do coaching me fazia, e eu olhava assim, “essa resposta daria um bom vídeo, eu não tinha pensado nisso aqui antes não, mas vou gravar um vídeo sobre isso”.
A maioria, mais da metade dos vídeos deste canal no YouTube vieram de dúvidas, de dificuldades dos meus alunos, e até mesmo de outros seguidores também; coisas que eu nem sabia que eu não sabia, e que eu aprendi a partir daí.
Eu não comecei O canal do YouTube pensando “vou chegar a 200 mil inscritos em 5 anos, e vai ser um dos maiores canais do Brasil de Coaching para concurso”. Comecei fazendo, e fui fazendo sem saber exatamente onde eu iria chegar. Alguns vídeos eram bons, outros vídeos eram ruins, eu simplesmente fui tentando melhorar a cada vídeo.
Eu tenho dois perfis no Instagram: o @profdiogomoreira, que é onde eu divulgo as técnicas de estudo, as coisas que eu ensino e tal; e eu tenho outro pessoal que é o @diogomoreira.pessoal, e nesse aí eu coloco coisas mais pessoais, família, trechos de livros que eu estou lendo, e às vezes as pessoas falam “pô professor, caraca, você tem 37 anos, cê sabe tanta coisa; pô, como é que você chegou aí? Caramba, você é muito inteligente! “
Como é que você aprendeu tudo isso?
Nossa, que legal ver as suas respostas”. Eu li 80 livros, mais de 80 livros nos últimos três ou quatro anos; eu 3 ou 4 anos atrás, tinha meus 33 anos, 34 anos, eu li mais de 80 livros nos últimos três ou quatro anos; 80 nem é tanta coisa assim para quem gosta de ler, mas para mim era, não estava lendo quase nada.
Eu aprendi muito nos últimos três ou quatro anos, e esse canal no YouTube é um dos motores disso. Várias vezes eu vejo alguma coisa assim e falo, “pô, isso aqui é legal, vou grifar essa parte para poder gravar um vídeo depois”, “vou anotar essa informação para poder gravar um vídeo depois”. Ensinar vocês, me motiva a aprender mais.
É isso, como eu tenho dito há mais de cinco anos aqui, se você gostou desse vídeo clique em curtir, por favor, se inscreva no canal se você não se inscreveu e me siga nos meus perfis do Instagram para ver mais coisas de técnicas de estudo, de vida, de livros, e tudo o mais, e é isso aí, um grande abraço e até a próxima.
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